Ressecção de hemivértebra
Informações Gerais
A cirurgia de ressecção da hemivértebra é normalmente utilizada para tratar pessoas com escoliose congênita que apresentam progressão da curva causada por uma hemivértebra isolada.
O maior objetivo da ressecção da hemivértebra é removê-la para prevenir progressão adicional da curva, sendo que o secundário é deixar a coluna o mais reto possível, dentro dos parâmetros de segurança neurológica.
Os maiores riscos associados com a cirurgia de ressecção de hemivértebra incluem: infecção, sangramento, lesão de raiz nervosa ou da medula. Apesar destes riscos serem raros, eles devem ser exaustivamente discutidos com o cirurgião antes da realização do procedimento cirúrgico.
A ressecção da hemivértebra pode ser realizada em um ou dois procedimentos. Se for realizado abordagem anterior e posterior, os dois procedimentos serão realizados com um tempo de 1 semanas entre eles para que o paciente se recupere antes da segunda cirurgia.
Considerações do Tratamento
Pacientes que serão submetidos a cirurgia de resseção da hemivértebra devem ser avaliados por inteiro antes do procedimento. O paciente receberá cuidados de uma equipe completa de médicos e enfermeiros durante a cirurgia. Além da equipe de cirurgiões ortopédicos devidamente treinados em cirurgia de coluna e escoliose, a equipe consiste de um anestesiologista ambientado com cirurgia de deformidades da coluna, instrumentador cirúrgico e equipe de neuromonitorização fisiológica durante a cirurgia. Além disso, também compõe a equipe de sala as enfermeiras e técnicas de enfermagem familiarizadas com o procedimento e as necessidades do cirurgião.
Na cirurgia, o cirurgião ortopédico realiza uma incisão (corte) para expor a coluna. A incisão pode ser feita pelo peito, chamado de abordagem anterior, ou pelas costas, chamado de abordagem posterior, a mais realizada em geral. Em alguns casos, é necessário a realização das duas abordagens, pela frente e por trás. Entretanto, na maioria das vezes, as cirurgias de ressecção de hemivértebra são realizadas por uma abordagem posterior.
Uma vez que a hemivértebra foi exposta, instrumentos de metal são utilizados para cortar e retirar a hemivértebra. Uma vez que ela foi ressecada, parafusos de metal podem ser colocados na vértebra acima e abaixo do local da hemivértebra. O cirurgião irá conectar estes parafusos através de uma haste para estabilizar a vértebra acima e abaixo. O cirurgião utiliza radiografias intraoperatórias para criar imagens das vértebras confirmando que os parafusos e hastes estão na posição correta . O corte é então costurado com sutura (pontos) que serão absorvidos naturalmente à medida que a cirurgia cicatriza. A funcionalidade da medula e dos nervos é monitorada durante todo o procedimento pela equipe de neurofisiologistas ou neurologistas.
A maioria dos pacientes passam a primeira noite após a cirurgia na UTI apenas para monitorização e precaução e receberão alta hospitalar para casa entre 5 a 7 dias. No dia seguinte a cirurgia o paciente já é estimulado a andar sempre que possível.