Foraminotomia cervical posterior - Dr Nelson Astur

Tratamentos


Foraminotomia cervical posterior


  • Problemas na coluna cervical são relativamente comuns em adultos. A grande maioria é tratada com terapias não cirúrgicas. Os poucos casos de dor cervical com irradiação para os braços devido à compressão de raízes nervosas por hérnias discais cervicais ou por espículas ósseas degenerativas que não melhoram com o tratamento conservador são eleitos para intervenção cirúrgica. A foraminotomia cervical posterior é um procedimento alternativo à abordagem anterior que pode aliviar sintomas de um nervo comprimido. Este procedimento é realizado pela face posterior do pescoço e libera mais espaço na passagem da raiz nervosa. Em pacientes bem selecionados, a foraminotomia cervical posterior pode ser tão efetiva quanto a abordagem anterior com discectomia e fusão cervical.
  • As raízes nervosas nascem na medula espinhal e saem do canal vertebral formado pelas vértebras através de uma passagem entre elas chamada de forame.

Procedimento

  • A foraminotomia cervical posterior alivia a compressão na raiz nervosa liberando mais espaço para a passagem do nervo no forame. A liberação é conseguida pela retirada de material do disco herniado através da janela óssea criada ou pela remoção direta das espículas ósseas que estreitavam a passagem. É um procedimento minimamente invasivo com uma incisão relativamente pequena e não é necessário artrodese da coluna para realizá-lo.
  • O procedimento é feito pela parte de trás do pescoço sob anestesia geral. Uma incisão de 3-4 cm será feita e a musculatura é afastada do osso no lado sintomático. Cuidadosamente, uma pequena quantidade de osso que compõe a parede externa do forame é retirada. Uma vez que o forame está aberto, a raiz nervosa é visibilizada. Se a causa da compressão for do disco, a raiz é gentilmente levantada e o material discal é removido. Ao final do procedimento um colar cervical de espuma será utilizado para conforto do paciente. Um retrator especial para técnica ainda menos invasiva pode ser usado, tornando a cicatriz ainda menor. Em casos bem selecionados, alívio da dor é observado em 85-90%. Riscos deste procedimento são incomuns mas incluem: sangramento, infecção, rigidez do pescoço, recidiva da hérnia de disco, alívio incompleto dos sintomas ou lesão ao nervo ou medula espinhal.