Discectomia microscópica - Dr Nelson Astur

Tratamentos


Discectomia microscópica


A Discectomia simples ou padrão ou aberta guiada por microscópico ou lentes de magnificação é o tratamento cirúrgico mais comum para discos rompidos ou herniados na coluna lombar. Quando a parede externa de um disco, o ânulo fibroso, enfraquece, ela pode romper-se e o conteúdo interno do disco mais mole, o núcleo pulposo, vazar. Este processo é chamado de hérnia de disco, prolapso discal ou protusão discal. Uma vez que o conteúdo interno do disco extravasa através dos limites da parede externa do ânulo fibroso, ele pode comprimir elementos nervosos da coluna. Pode comprimi-lo ou até mesmo danificar os nervos, causando fraqueza, formigamento ou dor nas costas ou nas pernas. A Discectomia aberta é baseada na remoção parte do disco defeituoso e aliviar a compressão nos nervos melhorando a dor. A cirurgia é feita com uma incisão pequena na pele ao nível da coluna lombar, remoção de alguns ligamentos e osso para acessar o disco e então remoção da hérnia de disco.

A Discectomia aberta tem sido feito e melhorada pelos últimos 60 anos. Com o tempo, o procedimento foi melhorado, e o avanço nos métodos diagnósticos de imagem (Ressonância Magnética e Tomografia Computadorizada) proporcionou aos cirurgiões, fazer uma melhor seleção de quais pacientes obterão os melhores resultados da cirurgia.


Quem é o melhor candidato à Discectomia padrão?

  • Nem todos os pacientes com hérnia de disco são candidatos à discectomia aberta. A maioria dos pacientes melhoram dos seus sintomas com o tratamento conservador não cirúrgico padrão como repouso, fisioterapia, anti-inflamatórios e infiltrações. Entretanto, algumas vezes a dor não responde a estas terapias e podem precisar de uma abordagem mais agressiva.
  • Se a lombalgia ou dor nas pernas não respondem ao tratamento conservador e se mantém forte por quatro ou seis semanas ou mais, o médico irá solicitar exames diagnósticos, como o raio-x, ressonância magnética ou tomografia para tentar identificar a fonte da dor. Se o diagnóstico de hérnia de disco foi confirmado, pode ser que a discectomia simples seja indicada.
  • Atualmente, a cirurgia de coluna está passando por uma revolução no modo em que certas cirurgias são feitas. A discectomia pode agora ser feita por endoscopia, ou seja, por uma pequena incisão na pele e guiada por uma microcâmera e anestesia local. Entretanto, a cirurgia aberta padrão ainda é considerada a “padrão ouro” pelos especialistas em coluna para o tratamento cirúrgico da hérnia de disco. Este tipo de procedimento é o que proporciona ao cirurgião a melhor capacidade para ver e explorar o local da cirurgia.

O procedimento

  • A discectomia aberta é normalmente feita com anestesia geral e precisa em geral de dois dias de internação pelo menos. É feita com o paciente de bruços. Durante o procedimento, o cirurgião fará uma incisão de cerca de 3-5 cm sobre a área afetada na coluna. A musculatura é desinserida da vértebra no nível do disco afetado. Afastadores cirúrgicos irão manter a exposição do acesso cirúrgico. É feito uma janela óssea na parte posterior da vértebra para acessar o disco. Os nervos são afastados e o fragmento herniado do disco é retirado. Esse passo é geralmente feito com magnificação com lupas ou microscópio cirúrgico. Nenhum material é utilizado para substituir o material de disco que foi removido. A incisão é então suturada com fios cirúrgicos.

Após o procedimento

  • Após a cirurgia, o paciente sentirá dor ou desconforto na região do corte e da cirurgia e pode ser que a dor de antes não tenha passado completamente. O paciente receberá medicação anestésica. Assim que tolerável, o paciente deve começar a andar, o que ajudará na recuperação.
  • Um fisioterapeuta irá iniciar a reabilitação no hospital e ensinar alguns exercícios. A reabilitação continuará mesmo após a alta hospitalar.
  • Em casa, o paciente terá algumas pequenas restrições, como não se manter sentado por um longo período de tempo, levantar objetos com mais de 3 kilos ou reclinar-se ou alongamento excessivo pelas primeiras quatro semanas. Não deve dirigir sem a autorização do cirurgião. A primeira atividade física que deve ser feita é andar, o que é encorajado.
  • Pessoas com empregos de baixa demanda física podem retornar ao trabalho em duas ou três semanas. Aqueles com trabalho pesado com carregamento de peso ou operação de maquinário pesado podem ter que esperar por pelo menos seis a oito semanas. A fisioterapia será fundamental a para a recuperação.